terça-feira, 8 de setembro de 2009

JÁ ERA


Era carência esse amor todo que declarei a você. Quando você terminou comigo, chorei dias e noites por ter perdido o ombro amigo, o homem que me amava mais que tudo, aquele que me desejava como uma Vênus.
Não era amor. Nunca me sufocou pensar em você e nem me arrepiava os pelos a sua presença pujante.
A carência de ter um ser capaz de nos amar como já amamos tantos, motiva as lágrimas e o sentimento torturante de se deixar perder. Mas não podemos perder o que não se tem.
Se foi não era nosso, não era para ser.
Restou a poesia, as palavras, a música.
Hoje eu te vejo feliz, não sei se mais que poderia ser mas, com certeza, mais do que era comigo. E eu de cá, estou também com minha felicidade, sentindo suores por outro, que nunca senti por você.
Os sentimentos e seus quebra-cabeças. É mais fácil jogar cartas.

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