terça-feira, 23 de novembro de 2010

OUTRA FACE



A noite tateio minha face escondida. Aquela que não sai comigo quando caminho, fica escondida detrás do espelho onde se guarda as almas angustiadas.
Visto-a para embarcar na solidão proposta. Um breu de dúvidas e dores escondidas pelo sol, mas enfim agora revistada pela minha doce face recolhida.
Eis o que sou, abandono e clausura. Fresta mofada de tédio e solidão. Aquela que não ousa dizer seu nome e nem se assumir de fato, mas que é vista nua, incrédula e desarmada, diante do espelho dos meus dias insone.

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