quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Por tanto, por enquanto.



Eu assumi o aspecto do amor e degustei a ambrosia dos sonhos. Tenho 220 rimas sobre a mesma palavra e as correntes de aço jamais me impedirão de seguir meus desejos.
Sou uma mulher simples, alada e branda e tudo o que tenho a dizer pode caber no silêncio.
"Eis uma consumação ardentemente desejável"...
Ser inteira ou me perder nas ondulações do vento? Defronte ao vazio, exponho uma lágrima de angustia. Uma quimera embebida de vinho tinto. Um copo derramado e os cacos que cortam meus pés.
Vinho tinto e sangue mancham minhas asas brancas como nuvem, mas ainda assim serão asas eternas.

Um dia a ternura se apossará de mim como um roupante, de tal forma que nada possa mudar o seu rumo. De tal jeito que meus trancos ríspidos sejam suaves como pés de bebes.  E o amor, em pleno frescor de sua forma, seja sinonimo de mim mesma.

Por enquanto divago. Sem fim ou sem esmo. Mas sempre.

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