sábado, 14 de novembro de 2009

SEM MARASMOS





Ele ri e eu esboço uma ira. Eu bravejo e ele sacode os ombros. Eu gargalho e ele espuma de ódio.
Combinamos, de fato.
Nossos olhos são de iguais, ambos precisamos de sangue quente para movimentar a libido. Ambos queremos o que há de mais intenso na vida e escorregamos fácil do marasmo. Queremos tudo, queremos mais. O copo sempre está cheio.

Eu o quero em mim, como se fosse tatuagem, como as que ele tem espalhadas pelo corpo, como as que eu tenho em frangalhos. Quero como quero a vida, sempre total, demais e fervente. Quero ele porque é do mundo, livre e curioso.

Quero beijar sua boca com sede e não me saciar. Te manter entre minhas pernas, preso e livre, solto e arfante, sem que deseje sair, sem causar resistência.
A vida é curta e os momentos passam rápido demais para haver resistências.

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