quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

METADE DE MIM



Eu preciso de sol no rosto, para arquear um pouco da pele para cima e dar-lhe novas nuances.
Eu vou caminhar para esquecer que amo você, apenas pelo fato de ter vergonha desse amor.
Vergonha... palavra tão triste e tão fora de mim que me assusto. Tenho vergonha de te amar, como pode isso?
Tampe sua boca aos esboços de meu nome. Não seja tosco, não me difame! Olhe para o sol... Se afine a ele para reverter tua alma tão cinzenta, em belos lírios nos campos verdes.
Quanta malicia em teus olhos! Desatine esse nó e siga. Porque é assim que meus dias se fazem claros, é assim que quero lembrar de teu amor.

Metade de mim é para você. A outra metade eu deixo ao vento.

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