segunda-feira, 5 de novembro de 2012

SILÊNCIO



Se digo que te amo, é tão baixinho que nem eu mesmo escuto.
Tenho medo que escutes, que me rejeite, que mude.
Eu digo te amo em silêncio, deixo meus olhos de lado para que não me condenem tanto.
Melhor o silêncio que a possibilidade que te vás. Prefiro fitar teus jeito bem de perto, ouvir ainda sua voz e poder sonhar com seu sotaque, sentir teu cheiro entrando sem pudores nas minhas narinas e, quem sabe, ainda ter um chamego teu nas horas em que o afeto for mais forte.
Se tu fores embora, minguarei de tristeza, serei invadida pela maldita solidão que sempre foi minha companheira, terei meus dias partidos com sua ausência.

Por isso, digo que te amo tão dentro de mim, que nem escuto.
Para que não ouças, não te assustes, não te rompas de mim.

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