segunda-feira, 28 de março de 2011

NOVO AMOR ROMANTICO



Não sou muito afeita a amores românticos. Isso fica claro nos meus arfantes textos de paixão derramada. Pode parecer romântico mas nada mais é que uma irritação aguda a sonatas de amor melado.
Odeio mãos grudadas eternamente e obrigações de vigilância militar. Tenho aprendido a lidar com minhas contraditórias emoções agora, com um amor muito fora do manual de instruções.
Afinal, como ser uma aprazível dona de casa, que o mais doce sonho é casar com o príncipe encantado e viver de amor eterno e também ser a livre e despojada menina, que não se prende a ninguém?
Só amando a pessoa certa. Que pode me permitir sonhar com as brumas de um altar, mesmo totalmente anticonvencional, com as agruras de uma vida a dois, filhos e cuidados, mas também com a liberdade do corpo e da alma.
O amor não é, definitivamente, prisão. Não se pode encarceirar o ser amado as chaves de seu lar e subordiná-lo as suas vontades, que ele engula seus defeitos e ature seus humores. Que aceite sua religião, política e dogmas, de forma cega e sem reclamar e que seja fiel até o âmago. Não suporto e não compreendo casamentos desgastados e que ambos argumentam que a separação pode ser pior que a convivência.
Será o medo da solidão ou de assumir a derrota de um casamento falido?
Ainda não sei, acho que nunca saberei.
Porque eu penso diferente, não sei se melhor, mas é o que está dentro de mim e assim que carrego por toda minha vida, meus sonhos jocosos de felicidade a dois.
Quero ter um amigo de amor incondicional, que me dê a mão e me beije silenciosamente quando estou com dores. Que me deixe sozinha em meu mundo único, que diga sempre a verdade e que seus olhos sejam sempre compreensivos as minhas ruínas e tropeços. Quero um homem que ria de minha cara desbotada e que me faça rir, para rimos juntos da vida tão emblemática, para que tudo fique mais leve e dê para prosseguir. Alguém que me surpreenda e que não tenha medo de ser sensível. Que me ame e me odeie todos os dias, como se não houvesse o dia seguinte, porque pode não ter mesmo.
Eu farei o mesmo. Não restringirei seus horários, nem temerei seus olhos de cobiça nos seios alheias, não destituirei seus amigos de sua convivência e o deixarei sozinho para que trabalhe ou encontre seu rumo. Mas permanecerei do seu lado, como um anjo em prontidão para aparar com minhas mãos e dar colo, dar força e glória em suas tentativas, honra e firmeza nas derrotas. Serei sua menina, sua mulher, sua amiga, sua amante e muitas mulheres em vários momentos do dia.
O amor é amargo com a rotina, as pressões e a cobrança. Ele pode ser apenas doce, sem enjoar, se for livre como um pássaro e sincero como uma criança. E pode até parecer igual a de todos, mas terá respeito em sua essência.
Talvez eu tenha encontrado meu peixe ensaboado, bem escorregadio e cheio de dúvidas sobre o amor e a vida. Que nunca parou firme num caminho cor de rosa, foge de compromissos pré-determinados e acredita que apesar de seus sonhos de uma vida a dois e familiar, tenha desacreditado em tudo isso. Só deixa escapar um olhar úmido e um sorriso tão delirante que afaga qualquer alma perdida.
E eu acredito nele. Nada me faz deixar de notar que somos tão iguais que chega a irritar. E nos admiramos, escondemos, fugimos, nos encontramos e sorrimos mesmo sem vontade, na brincadeira quase ingenua do amor, porque ele sim é mais forte e genuíno que qualquer medo de se emaranhar.

Um comentário:

  1. Oiê adorei tudo que você escreve tô seguindoo tah,lindo post. Me segue tbm ,faz uma visitinha lá no meu cantinho. bjO flor!

    confessions1992.blogspot.com

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